Nasceu em 05 de abril de 1891 em Santiago. Foi a primeira filha do matrimônio de José Domingo Vicuña e Mercedes Pino. Seu pai era militar e pertencia a uma família da alta sociedade chilena; sua mãe, por sua vez, vinha de um estrato social mais baixo, motivo de não ter sido de pleno agrado da família de seu esposo.
Em 1894, logo após o nascimento da segunda filha do casal José Domingo e Mercedes, este faleceu, deixando a sua esposa e filhas sem fundos, sem um futuro claro ou horizontes que pudessem seguir. A situação político-econômica no Chile estava muito difícil, por isso, como uma medida desesperada, as três decidem ir à Argentina por um tempo.
Chegando ali, Mercedes e suas filhas se estabeleceram nas proximidades de Neuquén. No princípio, procurou trabalho para bancar os estudos das meninas, chegando à estância de Quilquihué, de propriedade de Manuel Mora. Este não tardaria a aproximar-se da mãe de Laura, pressionando-a para que o atendesse como uma esposa, de forma a que ele bancasse os estudos de suas filhas e que as três pudessem permanecer na estância.
É assim que Laura ingressa no colégio As Filhas de Maria Auxiliadora, pertencente à Congregação Salesiana, onde foi instruída tanto cultural como religiosamente. Ela realiza sua primeira comunhão em 02 de junho de 1901, na ocasião manifesta sua vocação de amor a Deus e expressa sua vontade de servi-lo, demonstrando-se inclusive disposta a entregar sua vida em vez de pecar. Ofereceu sua vida a Jesus e Maria Santíssima pela conversão de sua família.
Devido à sua profunda união com Deus, muitas companheiras pensavam que Laura se achava superior a elas, uma vez que passava recreios completos rezando na capela do colégio. Apesar de sua pouca idade, já possuía uma grande maturidade, a qual permitiu conhecer os problemas de sua mãe e notar o quão distante se encontrava de Deus. Isto a motivou a rezar todos os dias pela conversão de sua mãe e para que abandonasse Manuel Mora, com o qual vivia maritalmente.
Durante uma de suas férias escolares, Laura sofreu dois violentos ataques por parte de Manuel, seu padrasto, que buscava seduzi-la. Como não alcançou seu objetivo, ele se negou a seguir custeando os gastos dos estudos das meninas.
Imediatamente, o colégio resolveu o problema e permitiu que Laura seguisse estudando. Apesar disto, Laura sentia que a situação espiritual de sua mãe não havia melhorado. Um dia, recordando da frase de Jesus: "Não há mostra de amor maior que dar a vida por seus amigos", Laura opta por entregar sua vida em troca da salvação de sua mãe. Este pedido foi escutado e em poucos meses caiu enferma, piorando sua saúde conforme avançava sua enfermidade. Antes de morrer, Laura pede a sua mãe:
“Morro; eu mesma o pedi a Jesus. Faz dois anos que ofereci minha vida por ti, para pedir a graça de sua conversão, mamãe. Antes de morrer, terei a sorte de ver-te arrependida?”
Mercedes, com os olhos molhados, lhe responde:
“Te juro que farei o que me pedes. Deus é testemunha de minha promessa.”
Finalmente, Laura sorri e diz a sua mãe:
“Obrigada, Jesus! Obrigada, Maria! Adeus, mamãe! Agora morro contente!”
Assim, em 22 de janeiro de 1904, morreu Laura Vicuña Pino, entregando sua vida pela conversão de sua mãe. Seus restos mortais, desde 1937 até 1958, descansaram no cemitério de Neuquén, tendo sido transladados para a capela do convento das Filhas de Maria Auxiliadora em Bahía Blanca, onde se encontram atualmente. O Papa João Paulo II a beatificou em 3 de setembro de 1988.
Bem Aventurada Laura Vicuña, rogai por nós!!!
Adaptado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Laura_Vicu%C3%B1a
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