terça-feira, 14 de agosto de 2012

São Maximiliano Maria Kolbe



"Duas coroas"

Desde criança, cultivou um amor filial por Nossa Senhora, que o presenteou com uma aparição, quando tinha cerca de 9 anos. Na aparição, Nossa Senhora trazia nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Olhando-o com amor, perguntou qual delas preferia. Com a branca ficaria santo, puro e com a vermelha morreria mártir. Maximiliano, então, respondeu que ficaria com as duas. 

"Imaculada - eis o nosso Ideal!"
A inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava o seu amor por Cristo. No mistério da Imaculada Conceição manifestava-se diante dos olhos da sua alma aquele mundo maravilhoso e sobrenatural da graça de Deus oferecida ao homem. A fé e as obras de toda a vida de frei Maximiliano indicam que ele entendia a sua colaboração com a graça divina como uma "militância" sob o sinal da Imaculada Conceição. A característica mariana é particularmente expressiva na vida e na santidade de frei Kolbe. Com essa característica foi também todo o seu apostolado, tanto em sua pátria como em terras de missões. 


Fundador da "Milícia da Imaculada"
Segundo o Papa Paulo VI, São Maximiliano foi um dos mais genuínos e modernos apóstolos do culto a Nossa Senhora, vista no seu primeiro, originário, privilegiado esplendor, aquele da Imaculada Conceição. De fato, seu imenso amor e zelo por Maria, levou-o a instituir, em 1917, o movimento eclesial da "Milícia da Imaculada", que segundo uma plástica definição sua "é uma visão global da vida católica sob uma nova forma, que consiste na união com a Imaculada". Ele viu nela, mais do que uma verdade em que acreditar, uma vida para viver, com a finalidade de operar ativamente com ela, Mãe e Medianeira, convidando todos os homens a converterem-se a Deus e a tornarem-se santos, no cotidiano do próprio dever e no constante dom de si mesmos aos outros, com todo tipo de apostolado possível. A tal objetivo, propôs a todos os católicos a pessoal e total consagração à Imaculada, como coisa, propriedade e instrumento: ponto de partida para se viver em perfeita comunhão com Deus e ser cristãmente empenhado na Igreja de acordo com o exemplo d'Ela. 

Apóstolo pela imprensa
De fato, ele fez da Imaculada o ponto focal de sua espiritualidade e teologia, dando início à publicação da revista "Cavaleiro da Imaculada" e à experiência de Niepokalanów - Cidade da Imaculada - verdadeiro recanto de oração e caloroso posto de trabalho para o homem. Situado a 40 Km de Varsóvia (Polônia), convento chamado Niepokalanów (com sua grande editora equipada com os mais modernos aparelhos tipográficos; com o "Cavaleiro da Imaculada" que em 1922, em sua primeira edição, lançara apenas 5000 exemplares e, em 1939, alcançou a tiragem de quase um milhão; com suas construções modestas para moradia; com suas oficinas para irmãos religiosos trabalhadores, mecânicos, carpinteiros, sapateiros, alfaiates, padeiros; com seu corpo de bombeiros; sua emissora de rádio; com seus quase mil operários, todos religiosos, filhos espirituais de São Francisco de Assis, como frei Maximiliano) tornou-se uma verdadeira "cidade" de propriedade da Imaculada, porque estava toda voltada ao Seu nome e, em Seu nome, toda voltada para a realização do ambicioso programa formulado por frei Maximiliano: "Conquistar o mundo inteiro, todas as almas, para Cristo, pela Imaculada, usando todos os meios lícitos, todas as descobertas tecnológicas, especialmente no âmbito das comunicações". 

Missionário
E pensando assim - "Conquistar o mundo inteiro para Cristo pela Imaculada" - partiu em missão para o Japão, três anos após a fundação de Niepokalanów. Pouco tempo após sua chegada ao Japão e sem saber uma palavra sequer do idioma japonês, publicou o "Seibo no Kishi" ("Cavaleiro da Imaculada") e fundou a "Mugenzai no Sono" (Cidade da Imaculada). Porém, sua permanência aí foi curta. Os superiores exigiram sua presença na Polônia, para retomar a direção de Niepokalanów. A obediência de frei Maximiliano foi imediata, apesar de ter de deixar para trás todos os seus sonhos de fundar cidades da Imaculada na Índia, nos países árabes, na Rússia e em outros países do oriente. 

O "bunker" da segunda guerra mundial
Veio a guerra e frei Maximiliano foi preso e mandado para o campo de concentração de Auschwitz, sem nenhuma justificativa. Num campo de concentração em que o homem era privado de toda dignidade, reduzido a um número; em que o desespero acabava por tornar as vítimas dispostas a tudo, a fim de garantir a própria sobrevivência, frei Maximiliano exaltou a irredutível dignidade do homem, escolhendo morrer no lugar de um irmão desconhecido, pai de família, aos 14 de agosto de 1941. E fez isso seguindo o exemplo d'Aquele que quis dar a vida por todos nós, para libertar-nos da nossa desumanidade, do mal que age em nós. 

"Mártir de caridade"
Não somente com a sua morte heróica, mas também com toda a sua vida dedicada a um grande ideal, Kolbe nos mostra o quanto a fé pode enriquecer de energia, de bondade, de generosidade, de espirito de sacrifício a vida de um homem. Por isso vemos nele um verdadeiro mártir (testemunha) de Jesus Cristo, mártir de caridade, do amor que salva e que dá vida. Numa carta, quase prevendo o seu fim neste mundo, frei Maximiliano Kolbe escrevia: "Eu queria ser reduzido a pó, pela Imaculada, e espalhado pelo vento no mundo". Suas cinzas foram de fato espalhadas pelo vento. Os carrascos de Auschwitz não pensavam, certamente, esvaziando o forno crematório, que estavam realizando o último sonho desse grande apóstolo. Aquelas cinzas foram levadas pelo vento do Espírito Santo no mundo, suscitando fecundos germes de vida e de renascimento. 

Excelente exemplo de vida! 
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