quinta-feira, 16 de maio de 2013

Beata Dina Bélanger



    A Beata canadense Dina Bélanger nasceu em 30 de abril de 1897, na cidade de Quebec, Canadá. Seus pais se chamavam Octavio Bélanger e Serafina Matte. Foi batizada no mesmo dia de seu nascimento na Igreja de São Roque, com os nomes de Maria Margarida Dina Adelaide. Fez sua Primeira Comunhão e recebeu o Sacramento da Confirmação no dia 2 de maio de 1907.
  
 “Desde o começo de minha vida, a Virgem me protegeu de um modo especial. Meus olhos viram a luz do dia quando começava o mês dedicado a Ela. Nesse mesmo dia recebi o Batismo. Deus tomou posse de minha alma para que fosse toda dEle. Que felicidade tão grande ser filha de Deus e de Maria, minha doce Mãe!” (Autobiografia, cap.1)

    Frequentou o Colégio Jacques Cartier, dirigido por religiosas da Congregação de Nossa Senhora. Desde pequena recebeu aulas de piano e aos onze anos obteve seu primeiro diploma. Aos treze anos foi admitida na Associação das Filhas de Maria no colégio.

   Desde jovem sua vida era Eucarística... “Jesus foi meu Mestre de oração ensinando-me a comunicar-me com Ele. Um dia, diante do sacrário, li estas palavras em um livro de oração: ‘Senhor, Deus meu’. Não li mais nada. Submersa no silêncio, na paz e na solidão, sentia estar com Ele saboreando estas palavras. Esqueci o tempo...”.

    “Outra vez, diante do Santíssimo exposto, os olhos fixos na Sagrada Hóstia, lhe pedia vê-Lo com os olhos do corpo: ‘Desejo tanto ver-Vos!’ O Senhor respondeu às minhas ingenuidades com um aumento da fé em sua presença eucarística". (Autobiografia, cap.3)

...e Mariana!

    “Entreguei-me totalmente à Virgem pela prática da devoção perfeita, segundo o espírito do Beato (Beato naquele tempo em que Dina Bélanger escrevia sua vida, canonizado em 1947) Luis de Montfort. Este abandono total de mim mesma e de minhas coisas à Rainha do Céu me trouxe muitas consolações. Só no céu compreenderei as vantagens de abandonar-me a sua sabia direção. Quisera consagrar-lhe toda a humanidade. È preciso deixá-la viver em nós para que Cristo seja substituído na nossa pequenez. Ela é o caminho mais seguro, mais curto, mais idôneo para elevar-nos até o infinito, para unir-nos ao amor incriado até perder-nos nEle, abismar-nos na fonte da felicidade eterna”.

    Em 1911, passou ao internato de Bellevue. Nesse mesmo ano fez o voto privado de castidade e pediu ao Senhor a graça do martírio, no dia 1º de outubro. Terminou seus estudos em 1913 e voltou para casa. Começou a participar do Apostolado da Oração na paróquia, onde também ajudava com os ornamentos litúrgicos. Em 1914 comunica a seus pais seu desejo de ser religiosa, porém eles não lhe deram permissão por considerá-la muito jovem.

Devota de São José

    “O bem-aventurado São José sempre me ajudou na minha vida interior. Eu gosto muito dele, e sobretudo na sua festa o presenteava com pequenos sacrifícios”. (Autobiografia, cap.5)

   De 1916 a 1918 permaneceu em Nova York, a fim de completar seus estudos de piano e música na Residência Nossa Senhora da Paz, que era dirigida pelas Religiosas de Jesus-Maria. De volta a sua cidade natal, se inscreveu na Ordem Terceira de São Domingos, e tendo obtido a permissão de seus pais, ingressou na Congregação de Jesus-Maria situada em Québec. Escolheu como nome religioso o de Maria de Santa Cecília de Roma, devido seu grande amor pela música. Emitiu seus votos temporários no dia 15 de agosto de 1923, Solenidade da Assunção de Maria; e seus votos perpétuos em 15 de agosto de 1928, um ano antes de sua morte.

   “Finalmente usava o hábito religioso; eu o beijava com piedade e amor, porém não se diz em vão ‘o hábito não faz o monge’ e tinha que trabalhar para tornar-me menos indigna dele”. (Autobiografia, cap.13)

    “Eu era finalmente religiosa de Jesus-Maria. Recebi a cruz e o rosário. Já pertencia à Congregação que tanto amava. A mão divina para ali me havia conduzido. Que dívida de gratidão para com minha Congregação religiosa! Modela, Senhor, a minha alma segundo seu espírito de caridade e de humildade, de obediência e de louvor, que não é senão o espírito de teu amor. Trabalha em mim, junto com Maria, para que louve para sempre vossos benditos nomes”. (cap. 16)


Graças do Senhor em sua alma

    “Um dia recebi esta luz que me consolou muito: o céu é a possessão de Deus; Deus vive em mim, eu o possuo, logo, gozo do céu na terra. Desde aquele ditoso momento me escondia por mais tempo no Coração de Cristo e nEle encontrava as delícias da bem-aventurança, com o privilégio de ser capaz de sofrer por Ele. Se os anjos pudessem ter algum desejo, creio que, além da Eucaristia, invejariam este dom do sofrimento por amor”.
 (Autobiografia, cap.12)

    “Nosso Senhor, Homem-Deus, me fez ver seu Coração na Sagrada Hóstia. Eu não olhava o seu santo rosto; cativavam-me seu Coração e a Hóstia. Os dois estavam perfeitamente unidos, de tal maneira um na outra, que não posso explicar como me fosse possível distingui-los. Da Hóstia saiam inúmeros raios de luz, de seu Coração uma imensidão de chamas que corriam como torrentes impetuosas. A Santíssima Virgem estava ali, tão perto do Senhor que parecia estar toda absorvida por Ele. Todos os raios luminosos da Hóstia e todas as chamas do Coração de Jesus passavam através do Coração Imaculado de Maria”.

    A Beata sofreu graves doenças desde sua profissão religiosa. De sua cama fazia traduções e despachava correspondência. Teve uma tuberculose pulmonar que se agravou no dia 30 de abril de 1929, a tal ponto que teve que ser transferida para uma enfermaria. Morreu no dia 4 de setembro de 1929, às 4 h da tarde. Foi beatificada em 20 de março de 1993.

Máximas:

“Jesus e Maria a lei do meu amor, e meu amor a lei de minha vida”.
“Quero ser santa, e com vossa graça, Senhor, serei”.
“A graça converte todos os sofrimentos que o mundo aborrece, em alegrias”.
“Minha bússola é Cristo, minha barca, a Regra, os que a guiam, minhas superioras”.
“A vida religiosa é a preparação da vida eterna”.

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